03/06/2020

Redação Games4U

Maneater é uma versão mais sanguinária do Tubarão de Spielberg

Xbox One, PS4, PC, Nintendo Switch 

Já pensou em jogar um game do filme Tubarão, o clássico de Steven Spielberg de 1975? Bem, Maneater é o mais próximo que você conseguirá disso. Trata-se de um “simulador de tubarão assassino”, que tem como objetivo dominar os mares e rios, para cometer o assassinato em massa de diversos tipos de pessoas e peixes. Tudo isso com pitadas de RPG na progressão do seu personagem.

Bem, como já ficou claro, o protagonista deste game é nada menos do que um tubarão. E você controla esse tubarão desde o seu nascimento até a sua glória, quando ele já deglutiu milhares de criaturas por aí – incluindo muitos seres humanos.

Desde Ecco: The Dolphin (Dreamcast) não víamos um game de peixe que poderia ser interessante. Eis aqui um exemplar. Basicamente, temos um jogo de exploração sub-aquática baseado em vingança.

Claro que não há os elementos ficcionais de Ecco, mas Maneater é sim um jogo de fantasia e com bastante toques de humor. O tubarão que você controla de fato não se comporta como um animal real - e os acontecimentos também não são próximos da realidade. Pelo contrário, tudo seria muito maçante. E este jogo tem como foco a diversão.

Com gráficos muito bonitos do mundo submarino, há um universo relativamente vasto para explorar. A jogabilidade consiste basicamente em explorar o mundo e evoluir o tubarão com novas habilidades e ao travar batalhas contra outros seres marinhos, humanos ou caçadores de tubarões.

A princípio, o game é bastante atrativo e divertido. No começo é bem legal caçar seres humanos enquanto gritam de pavor e tentam fugir. Mas depois de algum tempo, a coisa fica bem repetitiva. E o jogo consiste em basicamente espancar o botão de ataque, de novo e de novo. Sem parar.

As missões são bem limitadas, consistem em limpar praias de humanos, lutar contra barcos caçadores, comer outros animais e explorar. É basicamente tudo o que tem para fazer. A variedade de gameplay cai em um marasmo, e se torna mais um “trabalho” seguir em frente na narrativa do que algo realmente divertido.

A parte técnica é boa. Gráficos, trilha sonora, sons. Apesar de tudo isso, a narrativa não prende, tem umas piadas bestas e não nos chama a atenção para assuntos reais e preocupantes: como o caso de tubarões serem caçados no mundo todo e terem chegado quase à beira da extinção.

Talvez pudesse ter mais conteúdo útil, diferentes tipos de missões, jogabilidade ou uma mensagem que nos traga alguma informação legal. Massacrar um botão o jogo inteiro como missão principal não é tão atrativo quanto o jogo inicialmente aparenta ser legal. Infelizmente, a diversão dura pouco.

(Flávio Croffi, editor do site GEEKNESS)

   

 

 

 

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