26/09/2017

Redação Games4U

Aragami traz de volta a ação furtiva de verdade

Xbox One, PS4, PC 

Sou fã de jogos de ação stealth, sim, preciso admitir. De Splinter Cell até Metal Gear Solid, Shinobido, Assassin’s Creed ou Thief, todo game que premia o jogador que usa a ação furtiva torna-se imediatamente viciante para mim. Aragami leva esse “vício” um patamar adiante.

Criação do estúdio Lince Works, de Barcelona, o jogo é de uma beleza típica de quadrinhos de graphic novels europeias. E a ambientação foi muito bem estruturada para colocar você nesse mundo de sombras e assassinatos silenciosos.

Você é um Aragami, um espírito que é invocado para cumprir uma vingança. E é assim que você começa o jogo: após a invoação de uma bela jovem que se diz aprisionada por forças malignas, você simplesmente “surge”. Aqui não há motivações político-ideológicas ou longas histórias ancestrais: você tem que seguir os caminhos orientados pela imagem holográfica da tal garota e literalmente fatiar alguns inimigos.

Para cumprir suas missões, você consegue se teleportar de um ponto a outro do cenário. Isso sera um facilitador enorme se não fosse por um pequeno detalhe: você foi criado das sombras, a luz tira suas forças. É preciso estar sempre nas sombras para recarregar as energias, fazer ataques furtivos e sumir da frente dos inimigos. O problema é que o grande prêmio aqui é cumprir as missões sem matar ninguém.

Aragami

Redação Games4U

Aragami

Enquanto você avança em cada missão, vai ganhando habilidades extras, como criar campos de sombras (onde há luz) e incinerar corpos de inimigos. Essas são habilidades que se mostram cruciais logo no início do jogo, pois há diversos lugares com poucos cantos sem luz e você não consegue carregar os corpos dos inimigos que elimina - ou seja, incinerá-los é a melhor forma de evitar que outros inimigos achem os corpos e dêem um alerta geral pedindo reforços.

Aragami leva muito a sério essa história de ação furtiva, pois os inimigos possuem espadas que emitem luz e basta um único raio para que você morra. Não tem como revidar, pois o protagonista é feito de sombra: basta um ataque e você já era. São mais ou menos 10 horas de campanha singleplayer principal com tensão do primeiro ao último minuto.

Cada vez que se consegue avançar uma fase, há algum tipo de recompensa. Isso permite melhorar suas habilidades, ainda que a própria ação vá ficando mais difícil. O fato é que os cenários são muito bonitos, esbanjam aquela cara de graphic novel dos anos 1980, mas não adianta fuçar muito pelos cantos pois os caminhos em cada etapa são muito bem delineados.

No geral, é um jogo delicioso tanto por seu belo visual quanto pelo gameplay que instiga o jogador e tentar todas as estratégias possíveis de ação furtiva antes de partir pro ataque.

(Fernando Souza Filho)

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