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15/05/2017

Tom Clancy's The Division

Tom Clancy's The Division nos leva pro fim do mundo em NY

Multiplayer, Tiro, Acao, Xbox One, PS4, PC 

Uma vez apertado o play, é um caminho sem volta: suas próximas semanas serão imersas no mundo do jogo, subindo de level, melhorando armas, cumprindo missões com outras pessoas e explorando Nova York de um jeito que você jamais imaginou antes.

Baseado na obra do escritor Tom Clancy, The Division é mais um projeto megalômano da Ubisoft que pega a gente pelo pescoço e joga dentro de um mundo tão realista quanto assombrosamente viciante. É o tipo de jogo para apreciar sem pressa, espaçando as horas de jogatina por dias ou semanas para poder curtir cada elemento do fator de imersão que ele oferece.

Há uma chateação inicial de um update obrigatório de quase 3GB que precisa ser baixado antes de começar a jogar. Feito isso, encaramos inicialmente um filminho (chame de cutscenes ou cinematics, como quiser) com atores reais que dá um panorama geral de como ficou Nova York após o caos geral que deixou a região sem água, comida ou remédios após um surto com um vírus letal. As pessoas precisam brigar pelos itens mais básicos de sobrevivência. E é aí que tudo sai de controle.

Com a sociedade em colapso, as autoridades convocam a Division, uma unidade secreta de agentes que só seria ativada em casos de tragédias extremas. Esses agentes são altamente treinados para agir independentemente de um comando central, cumprindo missões para tentar restaurar a ordem da metrópole.

Neste típico universo de ficção de Tom Clancy, você vai explorar Nova York entrando em prédios, pulando muros, revirando lixo em becos e metendo bala nos inimigos. Neste caso, nem precisa saber muito da história: mirou, o alvo ficou vermelho na sua mira, é bala! Mas como nem tudo é combate, a exploração da cidade é uma das partes mais viciantes do game, até porque mesmo quem não domina inglês não terá problemas nesse quesito, pois toda a dublagem do jogo está em português.

Em linhas bem gerais, The Division lembra Destiny e Diablo ao misturar um pouco de RPG, um pouco de MMO e uma boa dose de shooter em uma combinação viciante. Logicamente, é um game pensado para se jogar online, de modo co-op, mas você pode cumprir as missões atuando sozinho - especialmente as primeiras, que deixarão você “escolado” para as missões multiplayer. Vale lembrar, no entanto, que The Division não roda sem conexão à internet, que é usada para atualizar mapas, encontrar outros players e receber recompensas.

Também igual a Destiny, The Division não é um jogo pra qualquer um. O enredo é de fácil assimilação, porém, mesmo para quem é um gamer experiente, as mecânicas e os diferentes sistemas de combate do jogo só são completamente absorvidos após algumas horas jogando. A galera mais acostumada aos jogos casuais terá tanta dificuldade aqui quanto em Bloodborne ou em Dark Souls, ainda que de uma forma bem distinta.

Quando a gente consegue se encontrar dentro das inúmeras nuanças do game, ele se torna realmente viciante. Mas para superar essas horas iniciais de “aprendizado”, algumas dicas são bem valiosas, como por exemplo jamais ignorar as missões paralelas. São elas que vão fornecer muitos suprimentos e habilidades que você precisará na missão principal.

Quem gosta de fuçar nos ambientes e fazer “looting” vai se dar muito bem até mesmo nas primeiras fases. O segredo de The Division é que itens que podem ajudá-lo a cumprir uma missão estão sempre espalhados pelo próprio cenário em que você está cumprindo uma missão. Andando pela rua principal para chegar em uma praça em que você deve resgatar aliados, por exemplo, você entra para fuçar em um beco e encontra uma mochila com munição extra que será essencial para sua sobrevivência. Em outra missão paralela, encontramos até granadas nas ruínas do metrô nova-iorquino.

Quando se aventurar pelas primeiras vezes em uma ação em grupo no multiplayer, o ideal é procurar grupos com três pessoas no máximo. Depois que você tiver em mãos armas mais potentes como a M1A (que você encontra a partir de level 9), as coisas ficarão mais fáceis. Aliás, até a M1A você pode fazer um upgrade através de um crafting, que se torna disponível a partir do level 10.

Outra facilidade interessante é que mesmo com armas menos potente você pode marcar os inimigos antes de atirar neles, bem ao estilo Assassin’s Creed. A diferença aqui é que só dá para marcar uma pessoa por vez.

Em linhas gerais, The Division é sensacional porque entrega de maneira brilhante dois elementos essenciais para esse tipo de jogo: exploração e sistema de combate. Ele é mais perigoso, instigante e fascinante porque você precisa usar estratégias rápidas nos embates. Esconder-se atrás de escombros para atirar nos inimigos é uma tática eficientíssima, mas que exige atenção redobrada contra snipers e granadas jogadas pelo alto. O segredo aqui é jamais ficar parado em um só lugar: é preciso mover-se de uma cobertura para outra, atacar e se defender na hora certa, fugir quando a coisa ficar complicada, mas retornar por um outro lado, atacando os inimigos por trás. Não existe uma regra única: você cria as suas na hora.

E há uma coisa que The Division faz muito bem nessas horas: a criação das equipes. Se você escolher bem, vai cumprir missões em co-op de maneira mais prazerosa. Há uma em especial, logo no começo, que é bem divertida: tomar uma delegacia do Brooklin que está nas mãos dos inimigos. Você junta os amigos, cada um ataca por um lado e os inimigos caem como moscas.

Ainda há alguns clichês repetitivos, é claro, como os famosos “vá até tal lugar” ou “fique de guarda aqui por 5 minutos”, mas nada disso tira o brilho do jogo. Claro, há os onipresentes bugs como cadávares levitando ou a incapacidade momentânea de recarregar uma arma, mas eles não são tão numerosos assim e nem atrapalham a diversão que o jogo proporciona.

Tom Clancy's The Division

Tom Clancy's The Division

Tom Clancy's The Division

(Fernando Souza Filho)

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