GAMES 4U
 
18/02/2019

Redação Games4U

Vendas baixas de Battlefield V são lição para os jogos AAA

MMO, Tiro, Multiplayer, Xbox One, PS4, PC 

Recentemente, Andrew Wilson, o CEO da Electronic Arts, comentou que as baixas vendas de Battlefield V teriam relação com o fato de a empresa priorizar o modo de campanha para um jogador, ao invés de um Battle Royale. No entanto, muitos jogadores têm certeza que esta não foi a questão em torno das baixas vendas relacionadas ao título.

O que aconteceu é que Battlefield tem uma enorme base de fãs no mundo todo. E quem joga Battlefield espera algumas coisas básicas que todo game da série costuma(va) oferecer: uma experiência imersiva nos períodos de grandes guerras, jogabilidade fluida, visual, som, modo online e tudo o que um jogo de guerra de primeira qualidade pode oferecer. Acontece que nesta edição, tudo deu errado.

Quando ocorreu o lançamento, o game chegou ao mercado cheio de bugs - provavelmente devido ao curto tempo de desenvolvimento, de apenas dois anos. O resultado foi uma série de problemas que tornaram o jogo realmente “quebrado” na época do lançamento, e bugs que simplesmente não permitem sair do jogo ou entrar em uma nova partida sem esperar vários minutos. Ou até para sempre, a ponto de ter de reiniciar o jogo.

Outro ponto é que o game parece uma nova roupagem de Battlefield 1. São as mesmas armas, com novas skins, e uma pequena quantidade de mapas para batalhar. E esses mapas sem a criatividade característica da série. Ou seja, nada tão criativo e interessante que realmente proporcione uma diversão épica como os outros títulos.

Como Battlefield é um gigante título da indústria, que permite 64 jogadores em uma mesma partida online, é realmente triste ver como o novo game da série perdeu qualidade em relação aos games anteriores.

Justamente o foco nos lucros tem a ver com as baixas vendas de Battlefield V. A DICE é uma excelente produtora, já desenvolveu magníficos títulos da série no passado. O problema provavelmente está na relação entre acionistas/desenvolvedora – especialmente porque os “donos da grana” pressionam muito para lançar o jogo logo e fazer uma montanha de dinheiro.

Não é bem assim. E a Blizzard inclusive provou disso recentemente com o anúncio de um novo Diablo… para dispositivos móveis. Veja que vexame:

(Se o vídeo não abrir, clique AQUI)

O fato é que as desenvolvedoras devem priorizar a sua base de fãs. Entregar um game com conteúdo substancial e basicamente atender à demanda por diversão e imersão.

Jogos independentes têm dado um excelente exemplo de como isso dá certo. Comumente editoras de títulos indie dão bastante liberdade para os desenvolvedores, em vez de focar apenas nos resultados financeiros.

Pelo que fica bastante implícito, a Electronic Arts é uma gigante da indústria que vem se distanciando da arte de fazer games, para se aproximar da arte de fazer dinheiro. E isso tem sido revelado recorrentemente em alguns de seus títulos.

Eles apenas precisam fazer jogos. Bons jogos. Assim como a indústria independente vem fazendo. E a consequência deve ser o dinheiro. Não ao contrário.

(Flávio Croffi - em parceria site Geekness)

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