GAMES 4U
 
04/01/2020

Redação Games4U

Só decepção: 5 piores momentos dos e-sports em 2019

MMO, Multiplayer, Esportes, Tiro, E-Sports, Xbox One, PS4, PC, Nintendo Switch 

Não só coisas boas aconteceram no mundo dos esportes eletrônicos no ano que já se foi. A equipe do ESPN Esports Brasil acompanhou tudo de perto, e elencou os momentos decepcionantes de 2019 nessa lista.

 

1. O PRESENTE DE GREGO CHAMADO DREAMHACK RIO

Em 2019, o Brasil teve a oportunidade de sediar dois importantes torneios internacionais de Counter-Strike: Global Offensive. Se em março a Blast Pro Series foi capaz de colocar alguns dos principais times do cenário internacional para competir em São Paulo, a DreamHack passou pelo Rio de Janeiro sem deixar saudades.

A edição carioca da maior lan party do mundo foi apresentada com as melhores promessas possíveis: utilização de três estruturas do Parque Olímpico, torneios para diversas modalidades e um total de 100 mil pessoas prestigiando o evento. Um verdadeiro castelo de areia que começou a desmoronar com o anúncio de que a competição de Rainbow Six não seria mais realizada e que se transformou num verdadeiro presente de grego.

Passado quase um ano do campeonato ainda é difícil entender tudo o que aconteceu e porque deu tudo errado, ainda mais após saber que os responsáveis pelo evento tiveram apoio governamental conseguindo aprovação de projetos pela Lei do Incentivo ao Esporte.

Se no futebol temos a expressão “padrão FIFA” para categorizar os torneios de mais alto nível, no Counter-Strike surgiu o “padrão DreamHack”, um não tão honroso título simbólico dado aos torneios que devem ser apagados da memória da comunidade.

(Gabriel Melo)

 

2. DERROTA ATRÁS DE DERROTA

Em abril de 2019, a INTZ bateu de frente com o quase-invicto Flamengo do primeiro split e venceu o CBLoL, conquistando sua vaga no MSI. Eu acreditei que, visto o quanto o time estava parrudo na final, teríamos boas chances lá fora.

A INTZ perdeu pra a MEGA. A MEGA, bem, foi banida do competitivo em novembro por não pagar seus jogadores.

Aí teve o Flamengo no Mundial, que fez o mesmo 1-4, mas contra a Turquia e Coreia. O ano competitivo foi uma dor no pé do fã de LoL em 2019, mas o problema (e a minha decepção) maior é que não foi só no LoL.

O MIBR do CS:GO reuniu a line totalmente brasileira, mas só tombou em 2019, perdendo até o status de Legends nos majors. O Rainbow Six brasileiro deu um salto pra trás e, de campeões mundiais em maio de 2018, fomos ultrapassados até pelo R6 dos Estados Unidos em 2019.

Ok, fomos campeões no Free Fire e em um Twitch Rivals de Teamfight Tactics, o que foi superlegal! Mas gravar o Central E-sports toda semana tendo que comentar sobre tombos dos brasileiros em várias modalidades foi dolorido demais — principalmente com as enormes expectativas colocadas pelos fãs e pela comunidade, além do crescimento nos investimentos em 2019.

(Evelyn Mackus)

 

 3. POLÍTICA NO E-SPORT

O ano de 2019 foi recheado por decepções no mundo dos e-sports, porém, acredito que o que mais decepcionou não aconteceu dentro dos torneios, mas sim no âmbito político.

Enquanto países como Alemanha, EUA e França discutem com seriedade a legitimização dos esportes eletrônicos, aqui no Brasil vemos que as leis que estão tramitando, como a PL 383/17, apenas visam enquadrar os e-sports como esportes tradicionais, se preocupando principalmente em criar novas confederações e deixando de lado fatores como carga de trabalho, melhorias para a execução do trabalho, visto de atleta simplificado para jogadores de outros países, entre outros assuntos que são intrinsecamente ligados e únicos à categoria.

O assunto da legalização do e-sport no Brasil é raso como um pires. Nossos políticos não se esforçam para entender a área e os representantes dos e-sports que foram convocados para as audiências públicas não conseguiram apresentar propostas para melhorar o ambiente do e-sport.

(Rodrigo Guerra)

 

4. O QUE ACONTECEU COM A CAPCOM CUP?

Depois de acompanhar o competitivo de jogos de luta, e principalmente de Street Fighter V, todo o ano, eu estava muito animada com a Capcom Cup. A hype só aumentou quando o Zenith, a quem entrevistei várias vezes no ano, conquistou a vaga para o torneio depois de um ano sem o Brasil na disputa. Então, quando chegou a hora, decepção.

Primeiro, o torneio Last Chance (realizado um dia antes e que valia a última vaga no torneio) não foi transmitido como em anos anteriores. Depois, a competição principal começou com reclamações sobre o segundo setup de jogadores, que estava com lags ocasionais, e nada foi feito. Ah, e as partidas iniciais da chave inferior não foram transmitidas, então nem ficar triste vendo o Zenith ser eliminado foi possível.

É 2019, e acho que já está na hora da Capcom e da empresa contratada para fazer o evento saberem que é possível ter transmissões simultâneas em canais diferentes e que isso é importante para o público. Também seria bom ouvir reclamações, elogios e feedback dos jogadores. Afinal, Street Fighter V terá um torneio olímpico ano que vem, né?

(Daniela Rigon) 

 

5. A FALTA DE EVOLUÇÃO EM FIFA 20

Setembro, mês escolhido nos últimos anos pela EA Sports para o lançamento de FIFA, gera sentimentos distintos para os fãs da franquia. Se por um lado é hora de jogar a nova temporada do game de futebol e suas “novidades”, cada vez mais fica aquele gosto amargo: a estagnação.

FIFA 20 tem novidades como a Libertadores (que chega em 2020), o modo Volta e outros, mas fato é que o que é mais desejado pelos fãs acaba sempre por faltar.

Falta de inovação, investimento maciço no Ultimate Team e problemas técnicos estão minando a comunidade e tornando o game cada vez mais um problema do que algo legal. Se a EA não mudar sua estratégia, pode perder em um futuro próximo boa parte de sua base de jogadores.

(Ricardo Caetano)

 

(Especial ESPN Brasil / Foto: Gerd Altmann - Pixabay)

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