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Kingdom Come: Deliverance é impressionante. Imagine um mundo aberto absurdamente realista da Idade Média, mais precisamente do início do Século 15. É isso que você encontra nesta pequena obra-prima que o estúdio tcheco Warhorse e a editora alemã Deep Silver lançam neste mês para PlayStation 4, PC e Xbox One.
E para conhecer um pouco mais sobre o projeto, batemos um papo com Tobi Stolz-Zwilling, manager da equipe, diretamente da República Tcheca para o Games4U:
GAMES4U: Já jogamos muitos mundos abertos
antes, mas Kingdom Come: Deliverance dá um passo à frente
com sua precisão histórica dos eventos e seu conteúdo realista tão
detalhado. O que os fãs de RPG podem esperar nesse sentido do
jogo?
Tobi Stolz-Zwilling:
Uma verdadeira experiência de
RPG, com certeza! Demos muita ênfase à mecânica “role-playing”,
para que todas as suas decisões façam diferença. Muitas missões
paralelas têm mais de uma forma de serem completadas e o próprio
jogador é quem vai achar seu caminho na região de Bohemia, no ano
de 1403. Se você considerar que tudo isso é baseado em uma história
real e que o game foca especialmente no enredo, então você estará
diante de um jogo único. Até colocamos na internet um vídeo sobre
isso...
RPGs em geral são desenvolvidos em cima de
elementos de fantasia, mas Kingdom Come: Deliverance segue
um caminho totalmente inverso. Isso foi uma escolha desde o início
do projeto ou ela surgiu durante o processo de desenvolvimento do
jogo?
Isso foi algo que determinamos desde o início, pois queríamos
tentar algo realmente novo. O fato é que elementos medievais — pelo
menos escudos e espadas — são comuns em RPGs, mas ninguém nunca se
aprofundou desta maneira: Kingdom Come literalmente
transporta você para a Idade Média. Para nós, era essencial
oferecer uma experiência autêntica e, por conta disso, trabalhamos
com uma equipe de historiadores, estudiosos desse período e até
espadachins verdadeiros.
A trilha sonora reproduz músicas da época,
gravadas por músicos tchecos. Foi difícil conseguir e desenvolver
esse material?
Foi muito, muito difícil encontrar material sobre a música do
início do Século 15. Encontramos partituras de corais, mas sem
melodia, por isso, nosso compositor Jan Valta e sua equipe fizeram
uma interpretação desse material, projetando o que seria a música
da época. Gravamos a trilha sonora com uma orquestra sinfônica e um
grupo de música medieval — alguns coros nós mesmos participamos
[risos]. Até gravamos um vídeo legal sobre essa trilha.
Kingdom Come: Deliverance oferece
diversas quests de corrida contra o tempo. Como isso afetará o
enredo do jogo?
Nem todas as quests são do tipo “corrida contra o tempo” e nem
vamos entregar de cara quais as missões que possuem essa mecânica.
Bom, na verdade entregamos sim [risos]. Ocorre o seguinte: se você
prestar atenção aos diálogos, vai perceber o tipo de quest que será
apresentada.
Cada situação pode ser resolvida pelo
jogador de formas diferentes, obtendo resultados distintos que
mudam o rumo de seu personagem no game. Mas, se você não ficar
satisfeito com o resultado, será possível reverter uma
decisão?
Não. Uma vez que você tome uma decisão, vai ter que assumir suas
consequências... Ou reiniciar o jogo [risos].
O game teve um feedback espetacular de
seus apoiadores no Kickstarter. Vocês consideraram essas opiniões e
sugestões quando desenvolveram o projeto?
Com certeza! Desde o primeiro dia do desenvolvimento do game,
estamos em contato estreito com nossa comunidade de fãs. Na versão
beta do jogo, chegamos a adicionar um questionário para ouvir a
opinião dos jogadores. Então, com certeza muito do feedback dos fãs
foi considerado no game.
Kingdom Come: Deliverance é sem
dúvidas um dos projetos mais ambiciosos da temporada 2018. Quais
suas expectativas pessoais para esse lançamento?
Depois do trabalho monumental que tivemos, estamos felizes em ver
que o resultado foi tão bom. O pássaro está deixando o ninho: agora
vamos vê-lo voar [risos]...
(Fernando Souza Filho)