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A jogadora e caster NaySyl está entre os nomes brasileiros que conseguiu uma vaga para disputar o primeiro Masters Tour 2019 de Hearthstone. Classificada pela qualificatória de número 214, NaySyl conversou com o ESPN e-sports Brasil para falar sobre a oportunidade, como é ser caster e jogadora ao mesmo tempo e como estão os planos para a viagem.
Com um novo formato desde o início deste ano, o competitivo do cardgame da Blizzard agora possui três fases. A primeira são as Classificatórias do Masters, séries semanais que valem vaga para as três edições do Masters Tour programadas para 2019. A primeiro delas, para a qual, será realizada em Las Vegas entre 14 e 16 de junho, enquanto as seguintes irão para a Ásia e Europa. Por fim, a terceira fase será o Hearthstone Grandmasters.
Assim como Nay, os brasileiros Rase, Fled, Gil, Torph e Haborigini também estão classificados para a Masters Tour de Las Vegas após um total de 240 qualificatórias e que tiveram início de 6 de março.
Enquanto alguns não gostaram do novo formato do competitivo de Hearthstone pelo fato da Blizzard não custear a viagem dos jogadores, Nay afirma que vê as mudanças como algo positivo. “Eu creio que essa ‘falta’ é relativa, pois até o ano passado, nós aqui da América Latina tampouco tínhamos a possibilidade de viajar aos Tour Stops que eram feitos ao redor do mundo. Este ano, em termos do tier máximo, que é a GrandMasters, dentre os 16 jogadores americanos escolhidos, temos três latinos incluídos (Rase, Nalguidan e PNC), o que pra nossa região, é algo imenso”, explica.
“Para mim enquanto jogadora foi uma mudança positiva, pois me possibilitou poder começar a competir, pois até o ano passado eu não tinha como viajar todos os meses para um país diferente”, continua. “A parte negativa é mais enquanto caster, porque não temos mais a Copa América para narrar, e era uma experiência fantástica ter contato com players do mundo inteiro. Porém, agora vou poder fazer o mesmo com essa classificação em Las Vegas”.
Sobre a vida dupla de jogadora e caster, Nay acredita que “começar a jogar competições foi a melhor decisão que eu tomei enquanto narradora, pois uma coisa acabou ajudando em outra, e consequentemente aumentei meu nível tanto em gameplay, quanto nas análises e comentários feitos, e acredito estar em meu melhor momento em ambas as partes”.
Para balancear as duas atividades, a brasileira diz que as coisas ficaram mais fáceis porque no início do ano as “narrações são meio ‘mornas’, e por isso aproveitou para focar bastante em se classificar para o Master Tour.
“Como eu jogava campeonatos quase todos os dias, usava os dias livres (segunda e terça) para tentar masterizar algum deck e entender todas as matchs dele, seja jogando contra outras pessoas (o que me ajudou em muito ter um grupo de treinos), ou assistindo streams de jogadores profissionais, analisando jogada a jogada até entender por completo como jogar, e isso com certeza me ajudou a fazer análises enquanto narradora”, detalha.
So after almost 2 months of going againe many times, I FINALLY DONT HAVE TO ANYMORE! Really happy that all the effort payed out! Almost about the time, but well, SEE YOU GUYS IN VEGAS pic.twitter.com/0qXSo4ZpeA
— Nayara Sylvestre (@nayarasylvestre) April 25, 2019
Nay conta, ainda, que tentou a classificação desde o início das qualificatórias. “Foi muita dedicação e aperfeiçoamento, principalmente por conta de um meta totalmente novo”, afirma. “Com o deck que eu utilizei para me classificar, tinha sido a minha segunda tentativa. Na primeira, eu terminei o [formato] suíço com um resultado de 6-2, e percebi que o deck tinha muito potencial e decidi tentar novamente”.
A jogadora também revelou que jogou a qualificatória de “maneira tranquila e despretensiosa porque pensei que não ia poder terminar o campeonato a tempo”, já que a competição ocorreu no mesmo dia da retransmissão do Campeonato Mundial de Hearthstone, da qual ela participaria.
“Quando eu vi que estava com o resultado de 6-0, entrei em contato com o meu amigo e pro player Sargento e perguntei se ele não poderia me cobrir pelo menos na primeira partida da noite, já que a transmissão começava as 23h, e ele acabou fazendo a narração por mim e eu pude terminar [a competição] e acabei me classificando”, completa.
Agora que já tem sua vaga garantida, Nay está em busca de um time ou patrocínio para apoiá-la com as despesas da viagem. “A comunidade se mobilizou e estão me ajudando com algum suporte de doações durante as streams, mas obviamente o valor não é tão baixo, então ainda estou no caminho de conseguir isso”, conta.
Enquanto isso, diz ela, “o próximo passo é continuar trabalhando duro para ir bem em Las Vegas e deixar a comunidade que está me dando o maior apoio orgulhosa, além de provar pra mim mesma que eu tenho potencial em ter nível competitivo e poder representar bem todas as meninas, servindo de inspiração para outras entrarem no mundo dos e-sports”.
(ESPN Brasil)