GAMES 4U
 
12/06/2018

Redação Games4U

Conferência da Sony na E3: belos games e um beijo polêmico

Aventura, Multiplayer, Tiro, Acao, Simuladores, Puzzle, PS4, Outros 

Entre todos os momentos desta E3 2018, não houve atração capaz de provocar a maior quantidade de emoções possível do que a Conferência de Playstation. A verdade é que após apresentar seus principais títulos como prometido, não houve quem saísse indiferente da apresentação.

Em especial, o trailer que trouxe as primeiras cenas de gameplay de The Last of Us Part II vai ficar na memória e na pauta de muitas pessoas nos próximos dias e meses, mas falamos mais deles adiante nestas linhas.

Ghost of Tsushima

Por mais inesperado que fosse, Ghost of Tsushima conseguiu derrubar tantos queixos como a aguardada obra da Naughty Dog. O game de samurai da Sucker Punch entregou, ouso dizer, algumas das cenas mais belas já concebidas para um videogame. Com um trabalho primoroso de arte, iluminação e direção, Ghost of Tsushima é um deleite para os olhos e uma adição obrigatória num ano que já revelou Sekiro: Shadows Die Twice (da From Software) e Nioh 2 (da Tecmo Koei), dois outros grandes jogos com a mesma temática.

Outra marcante  experiência visual foi o trailer preparado por Hideo Kojima para seu Death Stranding. O jogo, que continua a desafiar a cabeça e os sentidos dos jogadores, é um dos maiores respiros de originalidade da indústria de games triplo A, e apenas por isso já deveria ser louvado. Com trechos de gameplay, revelação de novos personagens e menos respostas do que perguntas, Kojima dá outro passo ousado que mais uma vez provoca os jogadores como poucos outros jogos fazem.

Death Stranding

O terceiro exclusivo ansiosamente aguardado na noite, Spider-Man, trouxe mais um gameplay, agora focado em seus icônicos vilões. Porém, apesar de um trailer fantástico, cheio de ação e que mostra toda a ambição da Insomniac para o projeto, somente com o controle nas mãos e jogando é que pudemos entender o que é viver na pele do Aranha. A sensação de liberdade e a estrutura viva de Nova York como cenário de sua aventura, são empolgantes para novos ou velhos fãs do velho amigo da vizinhança.

O evento continuou com a adição de nomes importantes vindos de parcerias da Sony com third-parties como a 505, que distribuirá Control, um intrigante novo jogo da Remedy (Alan Wake); a Square Enix, que reapresentou o mundo de Piratas do Caribe em seu novo trailer de Kingdom Hearts III; Tecmo Koei, do já citado Nioh 2; e por fim da Capcom, que conseguiu roubar a cena com o  espetacular primeiro trailer do remake de Resident Evil 2.

The Last of Us Part II: o beijo que causou polêmica desnecessária

Mas não foi a nostalgia, o apelo visual, a curiosidade aguçada ou mesmo o sempre presente hype que mexeu mais com aqueles que acompanharam a conferência. O grande momento da noite foi a prévia de The Last of Us Part II, uma peça audiovisual que vai ficar na memória por estabelecer personagens, situar seu universo e chacoalhar o jogador sem perder a essência e a alma que fazem uma boa história funcionar.

Com Ellie mais velha e experiente, o trailer nos mostrou dois lados diametralmente opostos de uma mulher destinada a aceitar e controlar seu próprio destino. Misturando sensibilidade (com uma das mais lindas cenas de beijo da história do games) e brutalidade (com o gameplay focado no extremo da luta pela sobrevivência), o game nos levou para um passeio especial e intenso.

The Last of Us - Part II (gameplay)

Redação Games4U

The Last of Us - Part II (gameplay)

Um representante perfeito da lógica de colocar profundidade e alma em seus personagens para ganhar a identificação com o público. No fim das contas, não deveria nem ser necessário falar, mas foi o beijo o motivo de choque e não a violência extrema do jogo, que acabou dividindo o público. O romance de Ellie com uma outra garota, ao que parece ofende mais que uma cabeça semi-amputada ou vísceras penduradas num cadáver. Mas qual a real intenção da Naughty Dog e de Playstation com decisões criativas como essa? Simples: mostrar que independente do universo pelo qual caminhem, seus personagens são representações de pessoas reais, inspirados por histórias que no fim das contas são também nossas.

Assim, seja no comando de um super-herói, de um samurai, do que quer que Norman Reedus seja em Death Stranding, ou da sobrevivente Ellie, o que importa no final das contas é que com o controle nas mãos criemos um laço profundo e emocional com experiências que marcarão nossas vidas como gamers.

E que ao menos no fim estes games também possam ensinar e preparar uma nova geração de jogos com emoções ainda mais diversas, para que possamos experimentar sem receios, sem pudores e sem amarras. De corpo e alma!

(Renato Almeida)

 

compartilhe

Confira as notícias e vídeos do mundo dos games

World of Warcraft: Burning Crusade Classic chega em junho
Gwent estreia novas recompensas com sua quinta temporada
GTFO recebe sua maior atualização com novo Rundown
Série baseada em League of Legends estará na Netflix